"A reflexão se tornou para mim algo tão penoso e minha memória é tão ruim - falo da memória dos fatos recentes, porque a outra! -, minha imaginação tão lenta, que preciso me matar de trabalho para me arrancar de um devaneio vago e informe qualquer, e do qual a oração, infelizmente, nem sempre me liberta. Assim que paro, sinto-me afundar numa meia sonolência, que perturba todas as perspectivas de lembrar-me, fazendo cada um dos dias que passam uma paisagem de brumas, sem pontos de referência e sem estradas."

Georges Bernanos em Diário de um Pároco de Aldeia




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