Thursday, December 08, 2011

Weaved in honor to the memory of Vasarely

When I am working, it feels like I'm mending reality.
Outlining, preventing it's blurriness.







.

Friday, August 19, 2011

And again it is so hard not to want many things, not to get overly excited, involved with the emotions when they are so pleasant. It gets scary, too, because I've been there before. When life was so full of events and smiles, expectations of something new, every day, to feel good about yourself, proud really, because you're pretty and fun, smart and sensible, sweet and provocative on balanced measures; you are on top of your small little insignificant vanity world. There was also the hole, the hole within I would call "daily depression". It felt like it was all on the wrong place, all fake and plastic, all in vain, pure waste of time. And it wasn't an ignorant feeling. In fact, it proved to be quite precise.
I tend to value more my years of true hardship and introspection. Not because you must be miserable but because they were solid, those years were telling me something worth hearing.
Now, my vanity once more is blowing and glowing. It scares me like physical pain and I can almost feel the tentacles starting to confine me to it.







.

Tuesday, August 02, 2011

In the middle of drowning dreams, distant friends trying to hurt me, I still long for the precious popping here and there, mostly deep inside or far away.

Wednesday, June 29, 2011

Mas ele está alí, nervoso, porque escuta o que lhe dizem em meio a tamanho vozerio mental. A voz alheia soa mais alto e ele não consegue se deicidir se deve responder a quem está fora ou se persiste em escutar o que vai dentro.

Já não escuta mais nada. Passa um vagão, dois, três; quantas janelas em cada vagão, quantas arestas em cada janela? Quatro, oito, dezesseis, vinte e quatro, quarenta e oito. As portas têm janelas? Soma as janelas das portas? Parou. Dá pra ver até o final, contá-las, todas, até o último vagão? As pessoas estão descendo; uma, duas, três, quatro, seis, oito, dez, doze, quatorze pares de sapatos. Aquela está ansiosa, aquele traz uma filha; nenhuma aliança, muitas malas.

Que horas no relógio? Quantos minutos? Quantos minutos eu tenho? Quantas eram as janelas? Dobra-se o número porque elas se repetem do outro lado. Multiplica-se por quatro para ter o número das arestas. Multiplica por oito se levar em conta as arestas internas. Quantas rodas por vagão? Qual o meu vagão? Quanto tempo tenho? Dá pra contar os segundos de dois em dois? Se terminar em número ímpar dá azar.

- Você está bem, querido?

- Ãhn? Sim, estou. Pode me ajudar com as malas? Sabe quantos minutos eu tenho?

Checa o relógio no pulso, checa o relógio na estação. Mas porquê diabos (!) os segundos não passam de dois em dois? Está tudo bem. Basta. Basta contá-los de dois em dois nos minutos pares e reiniciá-los de dois em dois nos alternados (um, três, cinco, sete...) nos minutos ímpares. Não pense nas horas, não pense nas horas, não pense nas horas, não pense nos dias, não pense nos dias dentro do ano, não pense nos anos....

- Você tem alguns minutos ainda. Venha, eu te ajudo com as malas. Pense sobre o que conversamos; às vezes me sinto muito sozinha, como se você estivesse longe. Não quero alarmá-lo, vá tranquilo. Mas por favor, não me procure antes de encontrar algo para me dizer, sobre... você sabe, tudo o que andei sentindo.
Javier! Porque fica olhando para o final do trem? Seu vagão está ali na frente. Venha, venha querido, fique calmo.
Deveria v iajar de primeira classe se os trens o deixam tão nervoso. O preço sairia até menor do que os dois assentos de segunda que insiste em comprar.
Está bem, está bem. Não precisa me olhar desse jeito. Toma, aqui estão as suas malas. Pense sobre o que conversamos. Eu me preocupo com você, mas... Eu também existo, sabe?

- Desculpe, querida. Quais são os meus assentos?

- Está aqui, no bilhete: números noventa e um e noventa e dois, está vendo? Devia ter comido alguma coisa, está palido.
Desculpe, esqueça, está tudo bem, querido. Vá, coloque ali a sua bagagem. Vá, querido, adeus.

Esqueça noventa e um, noventa e dois. São dois assentos. Ninguém sentará ao seu lado. Primeira classe é mais silencioso mas têm os condutores que se revezam, naquele primeiro vagão, primeiro, primeiro, primeiro.

Senta, põe os protetores auriculares. Ajusta. Coloca a mochila no assento vazio. Quantos minutos? Quantos minutos? Quantos mi-nu-to-s?

O apito, finalmente o apito. Fecha essa maldita porta. Minhas malas, estão ali, consigo vê-las. Quantas horas? Tenho quatro horas e quarenta e três minutos. Posso olhar um pouco para fora, ver a paisagem. Um, dois, três, quatro, cinco, seis postes. Um, dô, trê, qua, cin, sê, sé, ô, nó, dé, onze fileiras de pinus. O que ela estava me dizendo? Porquê o silencio que tanto desejei me cai tão hostil? Deeeeeeesce e soooobe fio, poste, deeeesce e sooobe fio, poste, deeesce e soobe fio, poste, desce e sobe fio, poste, des e sob fio, post, dé e só, pó, dé e só, pó, dé e sópó... um, dois, três, quatro, cinco...

Ela estava tão linda na estação, enquanto me dizia aquelas coisas. Que coisas dizia? Porquê diabos não disse a ela o quanto a acho linda? Podia ter dito algo em vez de me preocupar com as malditas janelas. Quantas janelas nesse vagão? Duas, quatro, cinco de cada lado. Mais as portas, uma em cada extremidade, com duas bandas cada, cada banda com uma janela. Dez janelas mais quatro janelas de porta, vezes quatro arestas, vezes oito se quiser considerar as arestas externas....

Dominique!! Não a procurar antes de pensar...sobre o quê?! Míque, minha querida Míque.

Onde está a minha agenda? Quantos minutos da estação até o palácio de verão?

Onde estão os pais dessa menina? Porquê não a fazem sentar? Porquê sempre me olha quando passa correndo? Quantos minutos, quantos postes?

Dominique... Porquê não a convidei para vir comigo? Ela sabe que sempre compro dois assentos, mas porquê nunca a convido?

Não a procurá-la antes de pensar... sobre o quê?! Não procurá-la, não procurá-la...

Paisagem, paisage, paisa, olhos pesados, pais.... Há um rio, estreito. Estou em um bote inflável. Tenho oito horas para percorrer o percurso. Me sinto só. Sinto o impulso de me atirar do barco, me deixar na selva. Chegamos no fim do trajeto; há uma cascata altíssima. Cada pedra que piso me olha e então se move, voluntariamente, em direção ao despenhadeiro. Não há onde pisar. Pular, de tamanha altura, em direção à àgua, é atraente.

Dominique...

Qual estação é esta? Quantos minutos? Quantas horas? Pai, estamos chegando? Quanto falta? Mas quanto exatamente? Quantos minutos? Não sabe calcular? Como se faz pra saber?

Diminique!!! Não gosto do que faço... Tudo bem?!






...





Monday, May 09, 2011


"‘Do You like being a minister?’
The Rev. Paul Ford looked up now, very quickly.
‘Do I like—Why, what an odd question! Why do you ask that, my dear?’
‘Nothing—only the way you looked. It made me think of my father. He used to look like that—sometimes.’
‘Did he?’ The minister’s voice was polite, but his eyes had gone back to the dried leaf on the ground.
‘Yes, and I used to ask him just as I did you if he was glad he was a minister.’
The man under the tree smiled a little sadly.
‘Well—what did he say?’
‘Oh, he always said he was, of course, but ‘most always he said, too, that he wouldn’t STAY a minister a minute if ‘twasn’t for the rejoicing texts.’
‘The—WHAT?’ The Rev. Paul Ford’s eyes left the leaf and gazed wonderingly into Pollyanna’s merry little face.
‘Well, that’s what father used to call ‘em,’ she laughed. ‘Of course the Bible didn’t name ‘em that. But it’s all those that begin ‘Be glad in the Lord,’ or ‘Rejoice greatly,’ or ‘Shout for joy,’ and all that, you know—such a lot of ‘em. Once, when father felt specially bad, he counted ‘em. There were eight hundred of ‘em.’
‘Eight hundred!’
‘Yes—that told you to rejoice and be glad, you know; that’s why father named ‘em the ‘rejoicing texts.’ ‘
‘Oh!’ There was an odd look on the minister’s face. His eyes had fallen to the words on the top paper in his hands—
‘But woe unto you, scribes and Pharisees, hypocrites!’ ‘And so your father—liked those ‘rejoicing texts,’ ‘ he murmured.
‘Oh, yes,’ nodded Pollyanna, emphatically. ‘He said he felt better right away, that first day he thought to count ‘em. He said if God took the trouble to tell us eight hundred times to be glad and rejoice, He must want us to do it—SOME. And father felt ashamed that he hadn’t done it more.(...)

(...)‘What men and women need is encouragement. Their natural resisting powers should be strengthened, not weakened….
Instead of always harping on a man’s faults, tell him of his virtues. Try to pull him out of his rut of bad habits.
Hold up to him his better self, his REAL self that can dare and do and win out! … The influence of a beautiful, helpful, hopeful character is contagious, and may revolutionize a whole town…. People radiate what is in their minds and in their hearts. If a man feels kindly and obliging, his neighbors will feel that way, too, before long. But if he scolds and scowls and criticizes—his neighbors will return scowl for scowl, and add interest! … When you look for the bad, expecting it, you will get it. When you know you will find the good—you will get that…."


From the book Pollyanna by Eleanor H. Porter








.

Monday, March 28, 2011

Wednesday, March 09, 2011

Dreaming about the will to move a big piece of furniture makes me think that heaviness from family relations is coming to a decisive point, where is light enough I can dream about it or even dream in my dreams it is possible to remove it, take it further away from the fire place, where our hearts supposedly are.
I woke up with a frightful groan and latter on believed it to be quite an unusual reaction to such frivolous dream. But a groan that wakes you up must be something relevant. I hope.





...